Dizer que a vida humana tem um valor inestimável e que precisa de ser preservada a qualquer custo, é repetir um senso comum que todos nós sabemos. A grande questão é entender por que é que a vida de uma pessoa é importante e preciosa.
Alguns sugerem que os altos índices de suicídios se devem às crises económicas que perduram ou ainda, mais recentemente, aos diversos efeitos causados pelo grave problema de saúde pública que afeta a população de todo o planeta, mas essa explicação é demasiada simplista.
Émile Durkheim (1858–1917), fundador da sociologia moderna, descobriu que a ocorrência de suicídios era mais alta entre os ricos do que entre os pobres. A partir de amplos estudos estatísticos, Durkheim demonstrou que as pessoas com maior poder de compra são as que sofrem mais.
O acesso a entretenimento, a uma vida mais confortável e a recursos que facilitam o quotidiano não é suficiente para satisfazer as necessidades mais profundas do ser humano. As nossas necessidades não são apenas de conforto, facilidades e prazer. Precisamos de sentido e propósito.
São muito variados os assuntos abordados pelo Budismo, mas toda a filosofia budista converge para um único ponto: a resposta para a pergunta “por que vivemos?”. Shinran (1173-1263), um grande mestre budista no Japão do século XII, explicou que o Budismo é um “grande navio” que nos faz atravessar o mar de sofrimento da vida, com a mente e o coração repletos de felicidade suprema e alegria genuína de ter nascido como ser humano.
A explicação mais profunda e completa sobre este assunto pode ser lido no livro Porque Vivemos, de Kentetsu Takamori, e é, também, o conteúdo central do filme de animação japonesa “Naze Ikiru” (Porque vivemos), que poderá ser visto no dia 26 de fevereiro (sábado), pela plataforma Skype, num evento da Itiman.
Veja um trecho do filme e saiba como participar.
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