Algo que tem grande impacto no nosso destino é o local e a época em que nascemos. Por que nasci em Portugal e não no Japão? Por que nasci numa época de paz ou de guerra, num momento de crise económica ou de prosperidade, como homem ou como mulher, numa família abastada ou humilde? Quem determinou, ou como foi isso definido?
Segundo o princípio da causa e consequência, quem determina o nosso destino somos nós mesmos, a partir das nossas próprias ações. A vida inicia-se com o nosso nascimento, que é a primeira consequência que temos neste mundo.
Afinal, quais foram a causa e a condição para o nosso nascimento?
Como fomos gerados pelos nossos pais, podemos pensar que a causa do nosso nascimento são os nossos pais ou que a causa é o pai e a condição é a mãe.
Se a causa for os pais, todos os filhos que nascem desses pais deveriam ser iguais, o que não acontece. Se a causa for o pai e a condição for a mãe, ou vice-versa, como a causa e a condição são as mesmas, os filhos também deveriam ser idênticos, mas isso jamais acontece, mesmo no caso de gémeos. Embora sejam muito semelhantes, os gémeos não são exatamente iguais, tanto no aspeto físico como na personalidade.
Na verdade, os pais são condições para o nosso nascimento, sendo que a causa está em nós mesmos, nas ações que praticámos no passado.
Para compreender melhor este assunto é necessário entender de forma mais profunda o conceito budista de karma, que é a energia proveniente de toda e qualquer ação que praticamos no nosso quotidiano, por menor seja ela seja.
Poderá ler mais a respeito no livro “CAUSA E CONSEQUÊNCIA – Filosofia budista para o dia a dia”, de Mauro M. Nakamura (publicado em Portugal pela Penguin Livros, Penguin Bem-estar) e nos textos e vídeos do site da Itiman.