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Muitas pessoas sentem a necessidade de mudar e renovar, mas enfrentam dificuldades. Como é possível iniciar um processo de mudança na vida?
O primeiro passo é refletir sobre as atitudes e a nossa postura mental. Sem reflexão, não há como mudar as nossas ações. Sem mudar as ações, as consequências que teremos na vida serão sempre as mesmas.
Por que, nos dias de hoje, é tão difícil conseguir a felicidade?

Vivemos numa sociedade materialista, onde as pessoas são educadas e formadas para buscar a felicidade a partir de ganhos materiais e esquecem-se de si mesmas.

A busca pela felicidade é algo inerente ao ser humano. Não há ninguém nesse mundo que viva para sofrer. Todos, sem exceção, desejam a felicidade. Mas, por que, embora se esforcem, as pessoas não conseguem ser felizes?

Acreditamos que tendo dinheiro, bens, uma boa família e saúde seja suficiente para uma vida feliz. Mas, pensando bem, quantas pessoas possuem tudo e, nem por isso, são felizes?

Um exemplo clássico é o da Princesa Diana. Ela tinha tudo o que uma pessoa poderia desejar. Mesmo assim, fala-se que ela tentou o suicídio por 5 vezes, sem sucesso. Uma pessoa realmente feliz jamais tentaria de suicidar.
Outro exemplo é do inventor no nylon, Wallace Hume Carothers. A empresa americana Dupont, na qual Carothers trabalhava, como um meio de assegurar o sigilo industrial da invenção, fechou um contrato de exclusividade em que pagaria todas as despesas pessoais de Carothers pelo resto da vida. Mesmo assim, aos 41 anos, Carothers suicidou-se.

Se observarmos a História, veremos que não são raros casos assim.
O século XX foi aquele em que a humanidade conheceu um avanço científico e tecnológico jamais visto, proporcionando uma vida de conforto e bem-estar. Mas, também nos mostrou o outro lado da moeda, ou seja, que a causa do sofrimento humano não está na falta de bens materiais ou de uma vida mais confortável.

O século passado provou para a humanidade que dinheiro, bens e conforto, embora muito importantes para se viver, não são suficientes para proporcionar a verdadeira felicidade.

O Buda Shakyamuni ensinou que “ter e não ter são a mes­ma coisa”: em qualquer dessas duas condições, nossa inca­pacidade de escapar do sofrimento não se altera. A pessoa que não possui dinheiro ou bens sofre tentando obtê-los e quem já possui também sofre para admi­nistrá-los e mantê-los.

O mesmo se aplica a todo o tipo de posses: se não temos, somos infelizes, e, se temos, sofremos por conta delas. Quem tem está preso com uma corrente de ouro, e quem não tem está preso com uma corrente de ferro. Seja qual for o material das correntes, o sofrimento por elas causado é igualmente real.

Mesmo que todos os nossos desejos de posse sejam satisfeitos, a menos que encaremos a raiz do sofrimen­to e que ela seja erradicada, jamais obteremos uma felicidade plena e duradoura.

A chave para a felicidade não está fora, mas dentro de cada um de nós.

Por mais que a sociedade mude, ainda assim, o ser humano continuará a sentir que falta algo mais para se considerar plenamente feliz.

 Voltar os olhos para si e redirecionar a forma de pensar e agir. Aqui começa o caminho que nos conduzirá a um mundo novo e feliz.


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Professor de filosofia budista, cultura japonesa e pensamento nipónico, autor, diretor de conteúdo e presidente da ITIMAN. Diretor internacional da Ichimannendo Publishing Co. Ltd. - Tóquio, Japão.

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