A atrocidade da guerra tem raiz na mente humana. É o que declara o preâmbulo da Constituição da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), que diz: “uma vez que as guerras se iniciam na mente dos homens, é na mente dos homens que devem ser construídas as defesas da paz”.
O mais importante é o que está no nosso coração ou na nossa mente. É onde precisamos focar as nossas atenções quando queremos mudar as nossas ações, posturas e atitudes.
No entanto, por piores que sejam os pensamentos íntimos das pessoas, não existe acusação ou censura meramente por pensá-los. Tudo o que podemos saber ou o que a justiça (leis) consegue sancionar são as faíscas emitidas pela mente em forma de palavras ou atos físicos. Como não há meios de vigiar o funcionamento da mente das pessoas, nossos pensamentos fluem desenfreadamente.
Na filosofia budista, o ser humano é visto a partir de três perpectivas: pela ação da mente, da boca e do corpo. Destas, a ação mental é a mais importante.
Por que os pensamentos, que são ações invisíveis e inaudíveis, recebem ênfase maior do que as ações físicas e verbais, que podemos ver e ouvir? A resposta é simples e direta: os atos da fala e do corpo são controlados pelos pensamentos da mente. Se a mente é uma fogueira, os atos e as palavras são as faíscas lançadas por ela.
O Budismo sempre prioriza o funcionamento da mente ou do coração, assim como os bombeiros focam a origem de um incêndio.
O nosso “verdadeiro eu” refere-se à verdade da mente de cada um. A opinião das pessoas sobre nós, ou nossa autoavaliação com base em conceitos pessoais ou sociais de bem e mal, não retrata a nossa verdadeira imagem.
No filme de animação japonesa NAZE IKIRU (Porque vivemos) e no livro PORQUE VIVEMOS, de autoria do professor de Budismo Kentetsu Takamori e publicado em Portugal pela Farol / Penguin Livros, Penguin Lifestyle, a essência do ser humano e a imagem real da nossa vida são apresentados de maneira didática, com explicações baseadas na filosofia budista.