Muitos consideram que a verdadeira felicidade é aquela sem apego ou desejo. Por outras palavras, acreditam que para ser verdadeiramente feliz, é necessário reprimir o desejo, desapegar ou “praticar o desapego”; alguns chegaram até o ponto de pensar que, a menos que o desejo seja eliminado, nunca se pode obter a felicidade.
Por outro lado, se passarmos a vida toda tentando satisfazer nossos desejos ilimitados, viveremos descontentes, insatisfeitos e condenados a sofrer até o fim. Nenhuma filosofia de vida, pensamento ou estilo de vida pode nos mostrar uma saída para esse dilema, que parece insolúvel.
No entanto, há 2600 anos, Shakyamuni indicou e explicou sobre a existência de uma felicidade que pode ser vivenciada nesta vida, sem reduzir ou eliminar nossas insistentes paixões mundanas, como desejo, apego, ira, raiva, inveja, ciúme e ódio.
No budismo, desejo, apego, raiva, ciúme, inveja e sentimentos semelhantes são conhecidos como “paixões mundanas”. O ser humano é um aglomerado de 108 paixões mundanas; nós, humanos, somos feitos dessas paixões.
Por sermos formados de desejo e apego, até a morte esta nossa condição não mudará, isto é, até o último instante desta vida teremos apego e desejo. Então, se a verdadeira felicidade for aquela que é sem apego e desejo, quando poderemos ser verdadeiramente felizes? Para bom entendedor, meia palavra basta. A resposta é clara e não deixa dúvidas.
A filosofia budista indica um caminho em que, mesmo que todos os nossos desejos não sejam satisfeitos, mesmo que tenhamos apego, mesmo que a ira persista, mesmo que sentimentos detestáveis como a inveja e o ciúme venham à tona, é possível obter e sentir uma felicidade verdadeira e inabalável, que não depende de fé ou crença religiosa para existir e perdurar.
A verdadeira felicidade pode ser entendida como um estado de ausência de sofrimentos, mas segundo o budismo, o mais adequado, preciso e realista é dizer que a verdadeira felicidade é viver num mundo em que “as ondas de todo sofrimento transformam-se em alegria”, sendo como somos, com todos os nossos apegos e desejos humanos. Obviamente, isso refere-se ao nosso “mundo interior”, ao nosso “eu interior”.
A explicação mais profunda e completa sobre este assunto pode ser lido no livro Porque vivemos, de Kentetsu Takamori, e é também um dos temas dos artigos e cursos online da ITIMAN.
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Para quem deseja ler mais sobre este assunto, sugerimos o artigo “Noites com sol – A explicação da filosofia budista sobre a felicidade plena nesta vida”.
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