Avistando apenas o céu, água e a linha do horizonte, nadamos no oceano da vida à procura de um tronco flutuante que nos sustente, de algo que nos sirva de apoio. Segundo a filosofia budista, esta é a imagem da humanidade, que não consegue responder à questão fulcral da vida: Por que nascemos e estamos a viver?
Esta visão de vida pode até ser considerada pessimista, mas ao refletirmos com mais serenidade e sinceridade, chegaremos à conclusão de que é a mais pura realidade.
À nossa volta, muitas pessoas são atormentadas pelas ondas de sofrimento, outras são traídas pelos troncos nos quais se agarraram e, há também, aqueles que se angustiam com a água salgada do mar e pelos vários contratempos da vida.
Todo ser humano esforça-se dia e noite para alcançar a plena segurança e satisfação, isto é, a legítima felicidade. Dessa maneira, os “professores de natação” se empenham para ensinar a essa multidão como devem nadar. Esses “professores” são as atividades da política, economia, ciência, medicina, artes, desportos, literatura e demais áreas do conhecimento humano. Afinal, todas elas, sem exceção, existem e esforçam-se para proporcionar qualidade de vida e felicidade.
Mas, para onde devemos nadar?
Por que devemos viver, mesmo enfrentando as ondas de dificuldades e sofrimentos da vida?
Salvar vidas neste vasto oceano da vida, oferecendo apoios às pessoas que se afogam e sofrem, é indiscutivelmente nobre, legítimo e importantíssimo. Mas enquanto não soubermos claramente a direção para qual devemos nadar, para embarcar num navio e chegar à terra firme, esta salvação ou felicidade será sempre momentânea e efêmera.
A filosofia budista explica como podemos embarcar neste navio e vivenciar a felicidade plena, nesta vida. Esta explicação é feita num trecho do filme “Porque vivemos”, animação japonesa inspirada no livro “Porque vivemos”.
Partilhamos abaixo o vídeo deste trecho, com legendas em português.
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