A mãe japonesa chamou a filha e disse-lhe: «querida, está na hora de te casares. Dois homens pediram a tua mão.» A menina ficou corada.
«Um dos pretendentes é muito rico, mas não é bonito», continuou a mãe. «O outro é extremamente vistoso, mas não tem um cêntimo. A vida é tua; por isso, quem deve escolher és tu. Pensa bem e depois diz-me qual foi a tua decisão.»
A mãe mostrou à filha fotografias dos dois pretendentes. A rapariga olhava timidamente para uma e para outra, sem nada dizer.
«Vejo que é difícil revelares-me quem escolheste. Vamos fazer o seguinte: vou ficar de costas e, enquanto não estiver a olhar, despes um ombro do quimono (vestimenta tradicional japonesa). Se te quiseres casar com o homem rico, despe o lado direito; se escolheres o homem bonito, o lado esquerdo.»
A mãe voltou-se e esperou uns minutos: «estás pronta?», perguntou.
Quando se virou, a filha tinha despido ambos os ombros do quimono.
«O que é isto?», perguntou a mãe. A filha explicou: «quero o marido rico durante o dia e o marido bonito à noite.»
(Conto de Kentetsu Takamori, autor do livro “Porque vivemos”)
É importante saber que nesta vida, nem tudo é como desejamos. Mas isto, de forma alguma, significa que devemos aceitar a situação atual ou desistir de lutar para conquistar aquilo que queremos e sonhamos.
Ver a realidade da vida e do ser humano, sem distorções, é uma virtude essencial para a felicidade plena.
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