Todos os dias praticamos ações com o corpo, a boca e a mente. Ao falarmos, fazermos gestos e pensarmos, estamos a plantar sementes que um dia irão germinar e produzir frutos. 

Quando chega a primavera, o lavrador inicia os preparativos para a plantação. Nesta época, o importante é cultivar a terra e semear. Para colher qualquer fruta ou legume, é preciso preparar a terra, plantar as sementes, adubar, tirar as ervas daninhas e ter muita dedicação para proteger a plantação da chuva e do vento. Todo o esforço do lavrador, que plantou a semente, trabalhou duramente e cultivou a terra com tanto sacrifício, é recompensado com a colheita. 

Não são apenas os agricultores que semeiam. Nós também plantamos sementes no nosso quotidiano. Essas sementes são os nossos gestos físicos, cada palavra que proferimos, aquilo que pensamos ao longo do dia, desde que acordamos até à hora de dormir. 

As ações que praticamos com o corpo são, por exemplo, exercícios físicos, a limpeza que fazemos em casa, lavar as mãos, arrumar o quarto, cozinhar ou dar um simples, mas sincero sorriso. 

Alguns exemplos de ações da boca: cumprimentar as pessoas alegremente, agradecer a alguém por um favor recebido, elogiar as pessoas. 

Podemos citar algumas ações mentais, como: pensar positivamente, ser atencioso e preocuparmo-nos com a saúde das pessoas, sentir gratidão. 

O Budismo ensina, a partir do Princípio da Causalidade, que toda a semente plantada certamente germinará, produzindo frutos que retornarão para nós mesmos. E que, por isso, nenhum esforço feito será em vão. 

Todas as ações que praticamos no passado contribuíram para a construção do momento presente que vivemos, o dia de hoje. Da mesma maneira, as nossas ações de hoje vão construir o dia de amanhã e todo o futuro que virá até às nossas vidas. 

Se não semearmos, jamais colheremos os frutos. Sem plantar as sementes da felicidade, não será possível avançar em direção à felicidade nesta vida. Portanto, devemos concentrar-nos em plantar as sementes, para depois pensar na colheita. 

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