Blog

  • Home
6C838838-BA38-4813-9493-C5320ED694E5

Todas as pessoas vivem em busca da felicidade e não há ninguém que queira ser infeliz. Quando escolhemos um trabalho, optamos por aquele que possa satisfazer-nos. No casamento, ocorre o mesmo. Escolhemos uma pessoa que acreditamos que nos fará feliz. 

Mas, infelizmente, nem tudo acontece da forma que desejamos na nossa vida. Afinal, o que determina a nossa felicidade ou infelicidade? 

A filosofia budista explica que o nosso destino é construído pelas ações que praticamos e de acordo com o Princípio da Causa e Consequência, que pode ser sintetizado pela expressão «quem planta, colhe». 

Quando um estudante desleixado nos estudos, que apenas se divertiu e não estudou, é reprovado, consideramos que ele colheu o que plantou. Dessa forma, quando as coisas não vão bem, quando algo de ruim nos acontece e refletimos sobre a causa, descobrimos que tudo o que nos acontece é fruto dos nossos próprios atos. 

O significado mais completo da expressão «cada um colhe o que planta» não abrange apenas acontecimentos ruins, mas também as boas consequências. 

O ato de «plantar» é equivalente a «agir». Ao «plantar» praticamos uma ação, que no Budismo é chamada karma. Portanto, recebemos as consequências de todos os nossos atos, bons ou maus, por menores que sejam. 

Se nos empenharmos nos estudos, teremos um bom desempenho na prova. Se pararmos de fumar e melhorarmos os nossos hábitos alimentares, ficaremos mais saudáveis. Tudo isso é resultado das nossas próprias ações. 

Buda Shakyamuni ensinou-nos que as nossas próprias ações determinam a nossa felicidade ou infelicidade. Mas não foi o único a dizer isso. 

Há um antigo provérbio japonês que diz: «o ser humano trai o esforço, mas o esforço não o trai». Ou seja, o resultado do nosso esforço pertence unicamente a nós, pois ninguém poderá colher os frutos dos esforços de outra pessoa. 

Quando as coisas não acontecem conforme planeamos, passamos por sofrimentos e pensamos por que é que isto só me acontece a mim?. Temos vontade de jogar tudo para o alto, pois todo o esforço parece ser em vão. 

No entanto, todos os atos, com certeza, retornarão para nós. Por isso, se acreditarmos nas nossas ações e nos esforçarmos, certamente os caminhos vão abrir-se diante de nós. Quando nos sentimos inseguros a respeito do nosso futuro, devemos sempre guiar-nos pelo Princípio da Causalidade. 

Leia mais sobre este assunto no livro “Causa e Consequência” (de Mauro M. Nakamura).

mm
Professor de filosofia budista, cultura japonesa e pensamento nipónico, autor, diretor de conteúdo e presidente da ITIMAN. Diretor internacional da Ichimannendo Publishing Co. Ltd. - Tóquio, Japão.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *