Em algumas situações, as palavras que dizemos são diferentes dos pensamentos que abrigamos nos nossos corações. Como podemos compreender tal acontecimento?
Nenhuma pessoa deseja mentir ou dissimular, pois sabemos que é uma má ação que devemos evitar, mas quem nunca disse algo que não era exatamente aquilo que estava a pensar ou sentir?
Para manter as nossas relações sociais e sobreviver na sociedade atual, muitas vezes somos obrigados a utilizar este artifício, que consideramos ser legítimo e justificável.
A mente e a boca são conflitantes; não existe coerência no que as pessoas pensam e dizem.
Esta frase de Shakyamuni, do Grande Sutra da Vida Infinita , mostra de maneira direta e dura, mas realista, a presença oculta da mentira e da falsidade nos seres humanos.
O que aconteceria se fôssemos rigorosamente sinceros e disséssemos tudo o que pensamos e sentimos, a toda e qualquer pessoa do nosso círculo de relacionamentos?
O Budismo ensina que para avançar pelo caminho da felicidade plena nesta vida é essencial estar atento ao funcionamento e à movimentação da mente ou do coração.
Se a mente é a fogueira, os atos e as palavras são faíscas ou emanações lançadas por ela. A filosofia budista explica a nossa natureza humana de forma profunda, autêntica e imparcial, para que seja possível ao ser humano, com todas as suas caraterísticas intrínsecas boas (convenientes) e más (inconvenientes), conhecer claramente a causa do sofrimento e solucioná-la, para então sentir a plena felicidade que tanto procuramos nesta vida.
Esta e outras explicações mais profundas da filosofia budista podem ser lidas no livro Causa e Consequência – Filosofia budista para o dia a dia e nos artigos do blog da ITIMAN.
- E-mail: mauro.nakamura@itiman.eu
- Facebook: Mauro Nakamura
- Instagram: Mauro Nakamura