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Todo ser humano erra. Isso é um facto.

Mas é verdade, também, que ninguém gosta de errar.

Quando erramos, não queremos admitir que a culpa é nossa e sofremos por isso. Tentamos encontrar a causa em outras pessoas ou na situação do momento. 

Embora a nossa razão se esforce em nos convencer de que boas ações geram boas consequências, más ações provocam más consequências e que tudo é resultante das nossas próprias ações, no íntimo não aceitamos esse princípio da causalidade.

Outro dia, a caminho de Brasília, li numa revista de bordo a entrevista com Bernardinho, antigo técnico da seleção brasileira de vôlei masculino, em que um trecho me chamou a atenção:

“Errar é fundamental. Quando você erra, você se questiona. O questionamento gera mudança. Mudança gera crescimento, e crescimento traz satisfação. Mas é preciso assumir a responsabilidade. No Brasil, culturalmente, as pessoas assumem pouco. “Foi o governo que não fez”, “o adversário era melhor”. A responsabilidade é sempre do outro. Se você não assume, nunca vai entender por que errou nem se corrigir.”

(Revista Gol, Trip Editora)

Para toda consequência, com certeza existe uma causa. E essa causa não está nas outras pessoas ou na sociedade. Mas em cada um de nós.

Errar é fundamental. Mas é preciso aprender a errar com responsabilidade.

A partir do momento em que o princípio da causalidade entrar na vida de cada um de nós, a sociedade não será mais a mesma. Pois as pessoas entenderão que o mundo é o reflexo fiel das nossas próprias ações.

O Prof. Kentetsu Takamori nos encoraja nesse processo de aprendizado a partir dos erros com palavras sábias.

“Todos nós cometemos muitos erros. Aprender com eles ou ignorá-los depende da profundidade com que refletimos sobre nossos atos. O melhor é refletir até chegar às lágrimas”.

Sementes do coração, Dinalivro: 2013

“A luta é sempre uma luta consigo mesmo: uma luta que tem de ser travada sem trégua. Assim como treinar os músculos, aprimorar a mente é também um processo extremamente doloroso. É preciso resistir e perseverar. Coisas tangíveis podem ser roubadas, desintegrar-se, quebrar, desaparecer. O tesouro invisível da mente é indestrutível. Qualquer que seja a dor, ela será plenamente recompensada. Belos frutos serão colhidos”.

Um caminho de flores, Satry: 2012

“Lapidar a si mesmo é o verdadeiro segredo do sucesso. Se você brilha, atrai naturalmente as pessoas e as riquezas. Buscar apenas o sucesso, sem se aperfeiçoar, é o caminho direto para o fracasso.”

Um caminho de flores, Satry: 2012

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Professor de filosofia budista, cultura japonesa e pensamento nipónico, autor, diretor de conteúdo e presidente da ITIMAN. Diretor internacional da Ichimannendo Publishing Co. Ltd. - Tóquio, Japão.

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