Para que um único ser possa existir, é necessária a união de outros dois seres, ou seja, um casal para gerá-lo: um gato e uma gata, um pássaro macho e uma fêmea, um homem e uma mulher, e assim por diante.
Por esta razão, a filosofia budista explica que é necessário ter consciência da enorme dívida de gratidão para com os nossos pais. Não fosse pelo pai, não nasceríamos; não fosse pela mãe, quem nos criaria? Entre os inúmeros sentimentos e valores humanos, não há o que se compare ao amor parental, especialmente o carinho maternal.
Contraímos esta dívida de gratidão antes mesmo de nascer. Após conceber, a mulher enfrenta nove meses de dores, esteja deitada, sentada ou em pé. Mesmo assim, seu único desejo é que o filho nasça saudável.
Quando chega a hora do parto, a mulher vivencia um martírio: as articulações doem e ela sua frio, em uma agonia inexprimível. O pai, que a tudo observa, treme apreensivo e só deseja que mãe e filho estejam fora de perigo.
Quando a criança nasce com saúde, os pais experimentam uma felicidade sem precedentes, como um miserável que descobre um tesouro. Ao escutar o choro do recém-nascido, a mãe se desvencilha dos meses de tormenta e abraça uma alegria tamanha que esquece de todos os sofrimentos da gravidez.
No Sutra da Gratidão Infinita aos Pais, Buda Shakyamuni explica que a gratidão aos pais é infinita como os céus e profunda como os oceanos. Por isso, devemos nos esforçar ao máximo para não nos esquecer dessa gratidão e retribuir, todos os dias da nossa vida.
Nesta jornada, o mais importante é o nosso sentimento e atitude.
No livro Educar com Sabedoria – Histórias de para aprender e ensinar, de Kentetsu Takamori, são contadas vinte histórias inspiradoras sobre temas importantes na relação entre pais e filhos. Coitada da janela é uma delas, e pode ser lida no artigo abaixo.
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