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— Os momentos que passei ao lado da minha mãe não foram muitos. Mas, não fosse ela, me desviaria do caminho — disse Thomas Edison em uma entrevista concedida no final da vida. 

São de Edison os créditos pela invenção da lâmpada incandescente, do gramofone, do cinematógrafo, do mimeógrafo e da bateria elétrica, entre muitos outros. No decorrer da sua vida, registrou mais de mil e duzentas patentes. Que tipo de pessoa era sua mãe, capaz de criar tamanho talento? 

Edison era daquelas crianças curiosas que sempre perguntam o porquê de tudo. O pai logo se aborrecia, mas sua mãe era um manancial de paciência. 

— Por que a gansa senta em cima dos ovos? 

— Pra aquecer.

— Aquecer por quê?

— Para chocar. 

— O que é chocar?

— É fazer os filhos saírem de dentro da casca e nascerem. 

— O ovo esquenta e o filho da gansa nasce?

— Isso.


Naquela tarde, ninguém soube de Edison. Procuraram por toda parte e acabaram encontrando-o no galinheiro do vizinho, os ovos reunidos em um único ninho e o menino acocorado sobre eles. Achou que podia chocá-los. 

Aos 8 anos, Edison entrou no primário, mas não havia jeito de se adaptar às aulas. Aquilo que não o interessava, ele simplesmente se recusava a estudar. 

— Eu não gostava da escola, era sempre o último da sala. Os professores não me entendiam e meu pai me considerava limitado — disse mais tarde. 

Três meses depois do início das aulas, Edison escutou do diretor que ele era um caso perdido. Furioso, abandonou a sala de aula e correu para casa. 

— Não volto mais para a escola — sentenciou. 

Na manhã seguinte, mãe e filho foram protestar na sala do diretor. Nem nos piores pesadelos ela acreditava que Edison tivesse qualquer deficiência. No fim de uma acalorada discussão, declarou que tiraria o menino da escola e se responsabilizaria por sua educação. 

Quando encerrava os afazeres matutinos, sua mãe lhe ensinava aritmética, a ler e a escrever. Percebendo o interesse do filho por Ciências, comprou um livro de Física elementar com imagens explicativas. Os experimentos poderiam ser feitos em casa — e Edison, maravilhado, conseguiu realizar todos. 

Aos 10 anos, se apaixonou por Química. Reunia os mais variados produtos químicos, ordenava-os em vidros e dispunha-os nas prateleiras do quarto. Com o dinheiro da mesada, adquiria novos produtos, placas de metal e arame. De vez em quando, algo explodia em seu quarto durante os experimentos e a família se alvoroçava. Sua mãe era a única que o compreendia e o incentivava a prosseguir. 

Para ajudar no minguado orçamento familiar, aos 12 anos Edison passou a vender jornais dentro do trem que percorria o trajeto Port Huron, em Michigan, até Detroit. Todos os dias, saía cedo de casa e retornava no avançado da noite. Em Detroit, apro- veitava o intervalo entre a ida e a volta para frequentar a biblioteca — nem um único livro deixou de passar pelas suas mãos. 

Edison, aquele que odiava o colégio, sofrera uma grande transformação. 

Tempos depois, as sequelas de uma febre que tivera na infância se agravaram e Edison perdeu a audição. 

De família pobre, sem ensino formal completo e portador de deficiência física. No entanto, ele superou todas as limitações e materializou seu sonho. Chamaram Edison de gênio. 

— Gênio é 1% inspiração e 99% transpiração — discordava. 

Suas invenções foram a cristalização do trabalho duro, aquele que passa à margem da percepção geral. Em seus últimos anos, relatou: 

“O que sou devo à minha mãe, que acreditou em mim. Penso que só cheguei até aqui por sua causa, pelo desejo de jamais decepcioná-la”. 

O amor da mãe dá aos filhos coragem para superar qualquer dificuldade. 

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Autor de vários livros japoneses de contos, narrativas e romances históricos, típicos da milenar cultura japonesa. Diretor-presidente e editor-chefe da Ichimannendo Publishing Co. Ltd. e vice-presidente da ITIMAN.

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