Um homem de meia-idade apaixonou-se por duas mulheres. Uma delas era bem mais nova do que ele e a outra, muitos anos mais velha. A primeira queria que o homem parecesse jovem. Por isso, todas as noites, depois do jantar, fazia do colo uma almofada para lhe arrancar os cabelos brancos.
A mulher mais velha não queria que ele parecesse jovem. Assim, todos os dias, após o pequeno-almoço, arrancava-lhe cuidadosamente os cabelos pretos.
Não tardou a que o homem ficasse totalmente careca.
Moral da história: «quem cede a todos acaba sem nada para ceder.»
(Kentetsu Takamori, livro “Sementes do Coração)
Na vida, os casais ricos muitas vezes não têm filhos. Por mais que se esforcem, não conseguem conceber uma criança. Outros têm muitos filhos, mas dinheiro nenhum, e por mais que trabalhem não conseguem poupar sequer um cêntimo.
Alguns têm o rosto bonito, mas são baixos e, por mais exercícios que façam, não conseguem aumentar a estatura. Outros têm um corpo elegante, são altos, esbeltos; no entanto, o rosto deixa muito a desejar. Não há cirurgia plástica capaz de os ajudar.
Na vida, dificilmente todas as coisas são como queremos.
Reconhecer este fato não é conformismo, mas uma postura realista e positiva. Porque mesmo que todos os nossos desejos não sejam satisfeitos, há um caminho para chegarmos até a felicidade plena nesta vida. É a mensagem deixada por Shakyamuni, o buda, e que está presente em toda a filosofia budista.
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