Certo dia, a veloz lebre avistou a tartaruga e disse: “Olá, tartaruga. Como você anda devagar. Acho que é o bicho mais lento do mundo!”
A tartaruga não se deixou abalar. “É mesmo, lebre? Então, o que acha de disputarmos uma corrida?”
“Está falando a sério? Acha realmente que tem condições de me vencer?”
“Se não competirmos, não teremos como saber, não é?”
“Sendo assim, aceito o desafio!” Foi decidido que correriam até o sopé da montanha.
No início, a lebre correu com energia, até começar a achar o esforço despropositado. “Não há possibilidade alguma de perder. Sou muito veloz para a tartaruga. Além disso, o dia está perfeito para uma boa sesta.”
A presunçosa lebre começou a ressonar e, por fim, adormeceu.
A tartaruga continuava a caminhar. Conhecia o limite das suas forças — não descansava, porém, não se excedia.
Quando a lebre acordou, já era final de tarde. “Não acredito. Dormi demais!” Saiu desesperada. Mas já era tarde: a tartaruga a esperava na linha de chegada.
A velocidade da lebre é inquestionável. No entanto, ela foi presunçosa e menosprezou duas enormes qualidades da tartaruga: o esforço e a perseverança. Por isso, a lebre cometeu um grande erro: tornou-se negligente e deixou de se esforçar.
A tartaruga, por sua vez, caminhou devagar, mas de maneira constante. Ser lenta não é necessariamente um defeito, nem razão para ser pessimista ou sentir-se inferior aos demais. Embora seus passos sejam lentos, ela se manteve resoluta e constante, o que a levou a ultrapassar a linha de chegada antes da lebre.