Um cão caminhava com um grande pedaço de carne à boca, em busca de um local tranquilo para devorá-la, até enxergar um riacho. Sua superfície era um espelho.
O cão começou a atravessar a ponte devagar. De repente, olhando para baixo, avistou um cão. A carne que este carregava à boca parecia maior e mais suculenta que a sua. O cão ficou com inveja. Desconhecia que olhava a sua própria imagem refletida na água.
“Vou assustá-lo e roubar a sua carne”, pensou.
O cão latiu alto e, nesse instante, a carne que trazia à boca caiu no rio e foi levada pela correnteza. Perdera o alimento pelo qual tanto lutara.
(História de Yutaka Yamazaki, autor de livros no Japão e vice-presidente da ITIMAN)
Provérbios como “O relvado do vizinho é sempre mais verde” ou “A galinha do vizinho é sempre mais gorda” evidenciam um pensamento profundamente arraigado que existe dentro do ser humano: as posses e a vida dos outros sempre parecem melhores. Nossa felicidade diminui se comparada à dos outros.
Por isso, o melhor caminho para a felicidade é valorizar e sentir gratidão pelas nossas coisas, pela vida que temos e, principalmente, pelas pessoas que desejam sinceramente o nosso bem-estar e felicidade.
Obviamente que isso não significa viver de maneria conformada, nem exclui a necessidade de termos ambições positivas e sonhos na vida. Apenas, é um lembrete deixado pela filosofia budista de que a gratidão é a base da nossa formação como seres humanos e da verdadeira felicidade, que é possível para toda a humanidade, sem distinções de raça, etnia, idioma, cultura, religião, ideologia ou escolhas individuais de qualquer natureza.
A pessoa mais feliz deste mundo é aquela que sente gratidão.
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