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PT 2023.11.01

«Uma vez que as guerras se iniciam na mente dos homens, é na mente dos homens que devem ser construídas as bases da paz». Este é o preâmbulo da Constituição da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), que admite que a atrocidade da guerra tem raiz na mente humana.

Cada pensamento ou ação mental tem um enorme peso nas nossas vidas, pois é a mente que controla o que falamos e o que fazemos com o corpo. Quando os nossos pensamentos ou ações mentais se juntam a condições propícias, dão origem às nossas ações físicas e orais. Ou seja, falamos e fazemos exatamente o que temos dentro da nossa mente.

Por ser assim, a filosofia budista considera que o mais importante é o que temos no coração e na mente. É onde devemos colocar a ênfase quando vamos refletir e buscar a solução para os conflitos e a construção da paz.

A paz não é algo que existe naturalmente, pois as pessoas são e pensam de formas diferentes, embora possam existir semelhanças e pontos em comum. Por isso, sem o esforço contínuo e árduo de cada indivíduo em pensar e colocar-se no lugar das outras pessoas antes de falar e agir, é impossível construir a paz. Isto vale também para grupos sociais, etnias e países.

No entanto, apenas a paz não é capaz de gerar a união. É preciso que, além da harmonia, exista a consciência de um propósito comum a todos.

Somente quando o verdadeiro propósito da vida humana ficar claro, poderemos viver em plena harmonia e paz, com genuína união e felicidade.

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Professor de filosofia budista, cultura japonesa e pensamento nipónico, autor, diretor de conteúdo e presidente da ITIMAN. Diretor internacional da Ichimannendo Publishing Co. Ltd. - Tóquio, Japão.

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