Há muito tempo, na China, um ministro era famoso por sua esplêndida barba. Um dia o imperador o chamou e perguntou se ele normalmente dormia com a barba embaixo das cobertas ou em cima delas, mas o ministro não se lembrava, por mais que tentasse.
Para responder corretamente, ele pediu que o soberano esperasse até o dia seguinte; foi diretamente para casa e se deitou na cama para se certificar. Quando punha a barba debaixo das cobertas, mal podia respirar, e com a barba por cima sentia-se estranho. A barba era muito comprida e farta; a noite toda ele a pôs embaixo e em cima das cobertas, alternando, sem conseguir se decidir.
Este episódio pode parecer banal, mas que nos diz muito daquilo que somos no dia a dia. Muitas das nossas atividades quotidianas são tão “automáticas” que não sabemos ao certo como fazemos. Por exemplo, ao vestir uma calça, colocamos primeiro a perna direita ou a esquerda?
Não saber “como fazemos” determinadas ações diárias é sinal de desconhecimento sobre nós mesmos. No entanto, também realizamos diariamente várias atividades que não sabemos exatamente “porque fazemos”.
Por que estudamos? Por que trabalhamos todos os dias? Por que temos de continuar a viver, mesmo enfrentando todas as dificuldades e sofrimentos da vida? Afinal, qual é o propósito de viver? Quem consegue responder estas perguntas com toda a certeza?
Não saber o propósito da vida, isto é, porque vivemos, é desconhecer quem somos, é não saber sobre si mesmo. Se queremos ser verdadeiramente felizes nesta vida, precisamos saber com total clareza quem somos e porque vivemos.
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