Quem apenas culpa os outros por tudo de ruim que acontece em sua vida nunca encontrará a verdadeira felicidade. O essencial é olhar honestamente para si mesmo e corrigir as próprias atitudes. Fazendo isso, as pessoas também mudarão. E a vida quotidiana, com certeza, será mais feliz. (Kentestu Takamori, autor do livro “Porque vivemos”)
Todo o ser humano erra, afinal, errar é humano. No entanto, ninguém gosta de errar. Quando erramos, não queremos admitir que a responsabilidade é nossa e sofremos por isso. Tentamos encontrar a causa noutras pessoas ou na situação do momento.
Embora a nossa razão tente convencer-nos de que boas ações geram boas consequências, más ações provocam más consequências e que tudo é resultante das nossas próprias ações, no íntimo, temos dificuldades para aceitar totalmente o Princípio Universal da Causalidade (Causa e Consequência).
Não é fraqueza reconhecer o erro, pedir desculpas pelo equívoco e esforçar-se para imediatamente corrigí-los. Vergonha é não admitir, insistir e tentar justificar o erro e, ainda, culpar os outros pela má consequência sofrida.
Quem consegue encarar um erro como uma oportunidade de aperfeiçoamento e desenvolvimento humano é feliz.
Segundo a filosofia budista, a diferença entre a pessoa que é capaz de aprender com os próprios erros e aquela que apenas culpa e reclama dos outros é o autoconhecimento, por outras palavras, saber de forma correta e realista como é e ter a certeza sobre a natureza do ser humano.
Esta natureza humana (ou essência do ser humano) é igual e única para todas as pessoas, independentemente de género, raça, idioma, cultura, pensamento, ideologia, crença, religião, país e época.
De forma muito didática, Buda Shakyamuni discorre sobre a essência do ser humano, quem e como somos, na parábola «A verdadeira natureza do ser humano», registada no Sutra das Parábolas. Assista ao vídeo desta parábola.
A explicação completa e detalhada desta parábola pode ser lida no livro “CAUSA E CONSEQUÊNCIA – Filosofia budista para o dia a dia”. Abaixo, leia as páginas iniciais do livro.