O sal é apenas um ingrediente do sabor, e o mais importante é saber usá-lo na medida certa.
Saúde, riqueza, reputação e status são todos ingredientes da felicidade. A chave do verdadeiro bem-estar é ser capaz de usá-los com habilidade.
Há 2600 anos o buda Shakyamuni transmitiu a filosofia budista e ensinou como podemos alcançar esse equilíbrio nesta vida e ser plenamente feliz.
Partilho, abaixo, um conto muito interessante do professor Kentetsu Takamori, autor do livro “Porque vivemos”, que pode ajudar na reflexão para uma vida equilibrada e plena.
Tokugawa
Ieyasu (1543-1616), fundador e primeiro xogum do governo Tokugawa, uma vez
reuniu um grupo de homens valentes. Depois de fazer cada um falar de seus
feitos em batalha, pediu que contassem qual era a coisa mais gostosa do mundo.
Um disse vinho; outro, doces; um terceiro, frutas. Discutiram o assunto, cada
homem apontando sua preferência pessoal, mas Ieyasu não parecia satisfeito.
Por fim, voltou-se para sua fiel atendente, uma mulher chamada Okaji, e
perguntou: “Qual é a coisa mais gostosa do mundo para você?”.
Okaji sorriu e respondeu apenas:“Sal”.
Pela primeira vez, Ieyasu deu um sorriso de satisfação. E em seguida fez outra
pergunta:“E a pior?”.
Ela respondeu tranquilamente: “A coisa menos gostosa também é o sal”.
Ieyasu ficou perplexo com sua destreza.
A verdade inegável da resposta de Okaji está baseada neste princípio: como o
sal realça todos os outros sabores, ele é sem dúvida a coisa mais gostosa do
mundo. Da mesma forma, o sal pode estragar tudo. Por isso é também a coisa
menos gostosa. Claro que o sal em si não é nem agradável nem desagradável ao
paladar – seu efeito é uma questão de proporção.
O sal é apenas um ingrediente do sabor, e o impor tante é saber usá-lo na
medida certa.
Saúde, riqueza, reputação e status são todos meros ingredientes da felicidade.
A chave do verdadeiro bem-estar é ser capaz de usá-los com habilidade.
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