Era uma vez um menino pastor de ovelhas. Seus dias eram tranquilos, tão tranquilos que ele acabou entediado. Então, quando conduzia o rebanho da aldeia para o campo, foi invadido por um pensamento destrutivo.
— Socorro! Um lobo! Um LOBO! — gritou.
A aldeia ficou em alvoroço — afinal, as ovelhas eram seu bem mais precioso. Uma multidão acudiu ao local. Porém, nada de lobo. Apenas o menino rolando de dar risada.
— Era mentira? Estava nos enganando?
Irritados, os aldeões voltaram para a aldeia.
Dias depois, novos gritos.
— Um lobo! Um LOBO!
Novamente, uma multidão acorreu ao local. E, mais uma vez, tratava-se de mentira. O menino divertia-se com os rostos assustados dos adultos.
Dias depois, um lobo realmente atacou o rebanho. Apavorado, o menino gritava:
— Um lobo! É verdade! Por favor, ajudem!
Ninguém apareceu. Todos achavam que as súplicas eram falsas. E as ovelhas foram todas devoradas.
Minta e perca a confiança de todos — é algo óbvio, e a fábula de Esopo transmite essa mensagem de forma impressionante.
Tal desvio de caráter, mesmo quando relativamente inofensivo, acaba por tornar a pessoa mentirosa.
Atrasar-se para um compromisso, não entregar um trabalho no prazo estabelecido, esquecer o que lhe foi confiado: para a parte afetada, não respeitar uma promessa é o mesmo que mentir.
Ao incorrer nos mesmos erros e tentar corrigi-los com desculpas, você perderá a confiança das pessoas, como o menino pastor.
Se tiver consciência que não conseguirá realizar uma promessa, nem a faça. E, caso não consiga cumpri-la, peça desculpas sinceras.
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