A chuva cai igualmente sobre ervas daninhas e árvores. Não discrimina pelo tamanho uma pequena erva de uma árvore. No entanto, a quantidade de água é absorvida de acordo com o tamanho da erva e da árvore: menos pela pequena erva e mais pela árvore.
O que acontece quando ambas recebem a mesma quantidade de água? Algumas recebem água de mais e morrem; outras, água de menos e não crescem.
A chuva cai igualmente, a erva e a árvore absorvem água desigualmente e crescem igualmente.
Este mundo é cheio de desigualdade. Alguns nascem numa família rica; outros, numa casa pobre; alguns têm talento, outros, não; e assim por diante. Tudo é muito variado.
Alguns ocupam uma alta posição e predominam, outros esforçam-se para galgar os degraus do sucesso; há aqueles que se empenham em guardar dinheiro no banco, outros que sofrem por pobreza ou incapacidade; há escravos do desejo que se corrompem; há pessoas que choram por um casamento fracassado, outras que se desesperam porque perderam todos os bens num incêndio.
A vida segue muitos caminhos.
Somos todos atores, desempenhando nosso papel no palco da vida. Apenas isso. Quando a peça termina, voltamos a ser novamente pessoas comuns, seres humanos como somos todos os dias.
Então somos todos iguais, ninguém é superior nem inferior a ninguém.
O texto acima é de autoria do professor de budismo japonês Kentestu Takamori, autor do livro “Porque vivemos” (Editora Nascente, 2019) e ilustra porque somos todos iguais do ponto de vista humano.
A filosofia budista explica sobre a natureza do ser humano, comum e igual a todas as pessoas, a partir de uma fábula criada pelo buda Shakyamuni (Siddhartha Gautama) e descrita no Sutra das parábolas.
O vídeo desta fábula pode ser vista em:
Dúvidas ou perguntas sobre o conteúdo deste artigo podem ser enviadas para Mauro Nakamura, pelos seguintes meios:
- E-mail: mauro.nakamura@itiman.eu
- Telemóvel: 91 219 1900 (mensagem ou WhatsApp)