Todos nós temos sonhos, algo que desejamos muito fazer nesta vida.
Não há idade definida ou máxima para que um sonho possa ser realizado. Por isso, pessoas de todas as idades podem e devem sonhar, almejar e dedicar-se à realização do seu sonho.
Na belíssima música “Clube da Esquina II” (o vídeo está disponível abaixo), Flávio Venturini diz que “os sonhos não envelhecem”. A filosofia budista complementa esta mensagem positiva com a sabedoria de que todos os seres humanos têm a “mesma idade”. Isso significa que, nesta vida, não está definido que a pessoa mais idosa partirá primeiro, e os mais jovens depois.
O vento da inconstância da vida pode soprar para qualquer pessoa, de todas as idades, em qualquer momento e local. Esta é uma verdade que não podemos ignorar, nem esquecer. Por ser assim, o momento para avançar em direção à realização dos nossos sonhos é agora.
Partilhamos uma história inspiradora, com o desejo de que todos possam concretizar seus sonhos e ser realmente felizes.
É tarde demais?
Aos 40 anos, o inglês Stanley Baldwin (1867-1947) viu-se diante de uma encruzilhada na vida. Seu pai, um parlamentar, morrera subitamente. E, embora seu ofício não se relacionasse à política, Baldwin decidiu anunciar-se candidato à sucessão. Foi necessário ter coragem para tal — afinal, ele ignorava as dificuldades desse mundo desconhecido.
Todos os seus amigos colocaram-se contra.
— Você está velho. Todos os parlamentares da sua geração se encontram estabelecidos, prestes a se tornarem ministros ou assumirem cargos importantes. Por que se desfazer de uma vida confortável em troca de uma aposta vazia?
— Não desejo me tornar político em benefício pessoal, e sim para servir o povo e o país.
— Entendemos. Mas, ainda assim, na sua idade é tarde demais. — Havendo vontade, nunca é tarde. A idade é irrelevante.
Baldwin enfrentou a oposição, lançou-se candidato e foi eleito.
Aos poucos, conquistou a confiança do eleitorado, até se tornar primeiro- ministro da Inglaterra — cargo para o qual foi reeleito duas vezes.
A vontade abre as portas do futuro.
(Texto do livro “A bagagem dos viajantes”, de Koichi Kimura, Editora Satry, São Paulo, 2014)
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