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Foto – artigo Toda ação tem um propósito

Qualquer ação que praticamos tem uma intenção, uma finalidade. Ao apanhar um táxi, por exemplo, até a pessoa mais calada do mundo fala, sem hesitação, para comunicar ao motorista o seu destino, uma vez que o motorista não faz ideia para onde deve seguir. Ir sem rumo seria um desperdício de tempo e dinheiro. 

Pergunte a um estudante porque estuda, e ele responderá algo como «para passar no teste de amanhã» ou «para obter o meu diploma». Pergunte a alguém para onde está a ir, e a resposta poderá ser «vou ao mercado fazer compras» ou «vou dar um passeio para limpar as ideias». Há um propósito em todas as nossas ações. 

E se alguém perguntasse qual a razão para viver? O que responderia? 

Com toda a certeza, a vida é uma sucessão de conflitos. A angústia da adolescência e a pressão do grupo são substituídas pela luta por um emprego, pelas dificuldades da sobrevivência ou talvez pela superação de uma doença ou pela idade avançada. 

Sofremos com relações difíceis, passamos por epidemias e crises económicas, estamos expostos aos caprichos de qualquer acontecimento inesperado. Porque vivemos tendo de enfrentar essas dificuldades? 

Se o propósito da vida não for esclarecido, incentivos, por mais bem-intencionados que sejam, do tipo «Lute e ultrapasse as dificuldades!», «Nunca desista!» ou «Não se mate!», vão soar como o estalar de um chicote para alguém que corre em círculos, sem uma meta. 

Histórias de pessoas que superaram a infelicidade com tenacidade e força de vontade costumam dar origem a best-sellers, que tentam ensinar um modo ou uma “filosofia de vida”. Esses livros aconselham: «Siga em frente; pense na vida como um período de treino, e certamente encontrará a felicidade. Nunca esmoreça! Não saia do caminho que escolheu, seja ele qual for.»

Parece que muitos procuram uma mensagem no sentido de que, mesmo que o progresso seja lento, o importante é continuar a avançar, passo a passo. Mas que direção tomar e para onde ir são perguntas ainda sem resposta. 

Repetir simplesmente o ciclo de comer, dormir e levantar, sem conhecer a alegria e a satisfação duradouras, é como correr sem saber que direção seguir. É nunca atingir a exultação de poder dizer: «Como sou feliz por estar vivo!» Ninguém se consegue esforçar para manter o ritmo sem a expetativa ou a alegria de transpor a linha de chegada. Também na vida só os que têm um sentido claro de direção e propósito conseguem manter o rumo com vigor. 

Quando o propósito da vida se torna evidente, todas as atividades — estudar, trabalhar, cuidar da saúde — adquirem significado, e a vida enche-se de alegria e satisfação. Mesmo em situações em que o indivíduo sofre com uma doença, com uma disputa em família ou com uma derrota, a força de viver leva-o a superar todas as dificuldades a fim de realizar o grande propósito da vida, de ter nascido como ser humano.

Leia também o artigo “O ser humano não nasceu para sofrer” e saiba mais sobre esta questão essencial da vida e do ser humano.

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Professor de filosofia budista, cultura japonesa e pensamento nipónico, autor, diretor de conteúdo e presidente da ITIMAN. Diretor internacional da Ichimannendo Publishing Co. Ltd. - Tóquio, Japão.

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