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YouTube_Um lampião de uma pessoa pobre brilha mais que dez mil lampiões de um milionário

Ao compreender corretamente o Princípio da Causalidade (Causa e Consequência), em qualquer pessoa que deseje ser feliz surgirá, de forma natural, o sentimento de parar de praticar o mal e fazer o bem. A partir deste sentimento, o próximo passo será efetivamente colocar o que foi entendido em prática, no nosso quotidiano. 

Mas o que temos de fazer, em concreto? Quais as boas ações que podemos praticar? 

Plenamente consciente da mente e da natureza do ser humano, Buda Shakyamuni sintetizou as inúmeras boas ações ensinadas em apenas seis, de forma a que todos possam praticá-las de imediato, em qualquer lugar, todos os dias. 

Generosidade é sinónimo de dar ou oferecer. Por outras palavras, ser generoso é ser gentil e bondoso com as pessoas. Podemos ser generosos ajudando as pessoas mais necessitadas com doações de alimento, roupas e dinheiro. 

Mas a doação de bens materiais não é a única maneira de praticar a boa ação da doação ou generosidade. 

Mesmo quem não possui recursos financeiros ou bens materiais pode doar e ser generoso com as pessoas, pois o valor da doação não depende da quantidade e sim do senti- mento com que se faz a doação. 

A história de uma jovem muito pobre chamada Nanda demonstra esta verdade. 

Tudo começou quando Nanda foi ouvir uma palestra do Buda Shakyamuni. O local estava iluminado com os lampiões que as pessoas tinham trazido de toda a cidade como oferenda. 

Emocionada, Nanda pensou: «Quem me dera poder oferecer um lampião também…» Apesar de as suas intenções serem puras, o querosene de lampião era caro e ela não o podia comprar. Mesmo assim, não desistiu e foi à loja que vendia querosene para lampiões. 

Ao receber a moeda que Nanda lhe entregara, o vendedor perguntou: 

— Quer comprar querosene para um único lampião? Mas esta moeda não dá para comprar nada! 

— Por favor, dê-me alguma coisa! — implorou Nanda. 

— Por que tanto deseja o querosene para um único lampião? 

Então, Nanda contou-lhe que assistira a uma palestra do Buda Shakyamuni num local iluminado por vários lampiões e queria poder oferecer-lhe um, também. 

— Se for com essa intenção, posso fazer um desconto especial — disse o vendedor, sensibilizado com o sentimento de Nanda. 

— Ah, muito obrigada! — disse Nanda. Toda sorridente, recebeu o querosene para o seu lampião. 

Na palestra seguinte de Buda Shakyamuni, dentre as centenas de lampiões do local, o lampião de Nanda era o que mais brilhava. Era um pequeno lampião, mas era o melhor que Nanda podia oferecer. 

Os lampiões arderam a noite toda, mas de manhã estavam apagados. Só o de Nanda continuava aceso. Maudgalyayana, um discípulo de Buda, tentou extingui-lo, mas não conseguiu e foi consultar o mestre: 

— Mestre, o que será que quer dizer isto? 

— Mesmo que despeje a água de todos os oceanos, não há como apagar este lampião, porque foi uma doação sincera de uma mulher muito humilde chamada Nanda. Apesar da sua pobreza, ela ofereceu o melhor que tinha. 

Um lampião de uma pessoa pobre brilha mais que dez mil lampiões de um milionário. O mérito de doar não depende da quantidade, mas do sentimento sincero e da intenção autêntica que vem do nosso coração. 

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Professor de filosofia budista, cultura japonesa e pensamento nipónico, autor, diretor de conteúdo e presidente da ITIMAN. Diretor internacional da Ichimannendo Publishing Co. Ltd. - Tóquio, Japão.

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