Saber o momento adequado para implementar uma decisão, de modo a preservar a harmonia do ambiente e das pessoas com quem vivemos é uma habilidade importante. No entanto, na vida existem três ocasiões em que não nos são dadas escolhas: nascimento, doença e morte. Mesmo contestando que agora não é o momento mais adequado, é impossível evitá-las.
A vida humana tem algumas semelhanças com as mudanças das estações. Na natureza, depois do inverno vem a primavera, que após alguns meses dá lugar ao verão. Mas o calor não continua para sempre e, logo, as árvores começam a perder as folhas, anunciando o outono.
Por se tratar de uma ordem predeterminada, é possível nos prepararmos para o calor ou o frio que inevitavelmente virão. Contudo, na existência humana, a doença e a morte não respeitam ordens preestabelecidas e, quando menos se espera, elas já estão às nossas costas.
Os quatro eventos inevitáveis da vida — nascimento, envelhecimento, doença e morte — são como as águas de um rio caudaloso que fluem sem parar por um instante. Infalivelmente, eles surgirão diante dos nossos olhos, um após o outro. Por ser assim, tão logo o propósito da nossa vida fique claro, devemos nos dedicar a ele sem nos preocupar se o momento é ou não oportuno. Não podemos nos desviar do caminho para a felicidade ou parar.
Embora conscientes de que um dia morreremos, jamais somos capazes de acreditar ou imaginar que a morte possa surgir na nossa vida de forma repentina. Mas a realidade é que isto com certeza acontecerá com todos nós, só não sabemos quando.
Por isso, temos de ter a sabedoria de valorizar e utilizar cada minuto de vida que temos para realizar, primordialmente e o quanto antes, aquilo que realmente importa: sentir com toda a sinceridade a imensa alegria de ter nascido e estar vivendo como ser humano e obter a felicidade plena, propósito da vida de qualquer pessoa.
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