No quotidiano, vivemos em constante troca, por vezes fazemos favores e em outros momentos, recebemos favores. É o que se convencionou a chamar de ordem natural das coisas ou a harmonia do universo, com expressões de efeito como “dar e receber” ou “lei do retorno”.
Diz o ditado: “Aquele que empresta dinheiro, nunca esquece. Aquele que pediu dinheiro emprestado, rapidamente acaba por esquecer”. Há pessoas que quando fazem algum favor ou prestam alguma ajuda, têm a expectativa de ter um retorno ou recompensa. Alguns chegam até a “cobrar indiretamente” pela boa ação oferecida, a partir de uma “troca de favores”.
Obviamente que não há nenhum problema em realizar “trocas de favores”, desde que isto não seja camuflado como um “favor ou gentileza”. Se a boa ação oferecida pressupõe desde o início uma “troca de favores”, a palavra correta para designar tal ação não é FAVOR ou BOA AÇÃO, e sim, NEGÓCIO ou ACORDO entre partes.
Praticar uma boa ação significa fazer uma gentileza para alguém, sem esperar por nada em troca, sem pensar em recompensas, apenas com o mais sincero sentimento de querer ajudar essa pessoa, para que ela seja realmente feliz. Isto, sim, é uma boa ação verdadeira.
Quando alguém está em apuros e necessita de ajuda, devemos estender-lhe a mão, sem esperar por retorno. Qual foi a última vez que fizemos uma boa ação assim?
Saiba mais sobre as boas ações que podemos praticar no quotidiano, a qualquer hora, no livro CAUSA E CONSEQUÊNCIA – Filosofia budista para o dia a dia.