Enquanto gozamos de saúde e estamos bem, vivemos como se tudo neste mundo continuará imutável; acreditamos que viveremos tranquilos para sempre. Por isso, decidimos satisfazer primeiro os nossos desejos, necessidades imediatas e sonhos pessoais, para depois pensar em questões mais profundas e essenciais do ser humano, como “porque vivemos” e o propósito da vida.
A lua cheia não dura para sempre; logo ela começa a minguar. No entanto, não é tão fácil perceber a mudança que ocorre ao longo de uma única noite. Mas se compararmos a mesma lua depois de uma semana, a transformação ficará nítida.
Por mais que tenhamos conhecimento da efemeridade e inconstância da vida, temos muita dificuldade para sentir e ter a real consciência de que a cada dia nos aproximamos do futuro inevitável a qualquer ser humano: a morte.
Contudo, se ficamos doentes e com risco de morrer, certamente ficará evidente que nada nesta vida proporciona uma felicidade duradoura e genuína, que, no máximo, conseguimos viver momentos de alegria, satisfação e paz, mas sempre de forma temporária e passageira.
Este é o valioso alerta feito pelo Buda Shakyamuni, há 2600 anos, motivo pelo qual dedicou a vida para explicar sobre o propósito da vida e o caminho para a sua conclusão, a partir da conquista da felicidade plena e verdadeira, nesta vida.
Ao mesmo tempo em que temos que estudar e trabalhar para sobreviver, que é importante conviver em família, cuidar da saúde, relaxar e ter uma vida saudável, equilibrada e com bem-estar, precisamos também de reservar um tempo no nosso quotidiano para refletir e buscar uma “solução” para questões como a doença e a morte, limitantes para uma vida autêntica e feliz por completo.
A “solução” apresentada e explicada pela filosofia budista acontece no momento em que obtemos, nesta vida, a felicidade plena e duradoura, que é imutável mesmo perante a doença e a morte. Esta é a felicidade que todos nós procuramos e que nos motiva a lutar todos os dias por uma vida melhor. É o propósito universal da vida humana.
Leia e saiba mais sobre este assunto no livro Porque vivemos, de Kentetsu Takamori, publicado pela Farol (Penguin Livros, Penguin Bem-estar).