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Promessas são para … mother-937038_1920

Um famoso historiador irlandês chamado William Francis Patrick Napier (1785-1860) era também soldado do Exército britânico. Quando ainda era um desconhecido, estava passeando e encontrou uma menininha malvestida sentada à beira do caminho, chorando abraçada a uns pedaços de cerâmica quebrada. 

Ele perguntou delicadamente qual era o problema. Ela contou que era filha única e que seu pai viúvo estava muito doente. Havia emprestado um jarro do patrão e estava a caminho do mercado para comprar leite quando derrubou o jarro, que se quebrou. Estava chorando por medo de ser castigada.

Sentindo pena dela, Napier puxou a carteira, mas, como era um estudioso pobre, sua carteira estava vazia. “Volte amanhã aqui nesta mesma hora”, ele disse à menina. “Eu trago a você o dinheiro para comprar outro jarro de leite.” Apertaram-se as mãos e ele foi embora.

No dia seguinte, Napier recebeu o recado urgente de um amigo: “Estamos aqui com um homem muito rico, interessado em patrocinar seu trabalho. Ele vai embora à tarde, então venha imediatamente”. Porém encontrar com o homem rico significaria quebrar a promessa feita à menina. Napier respondeu depressa: “Tenho um negócio importante hoje. Peça desculpas pelo inconveniente, mas tenho de solicitar que ele me receba outro dia”. E assim cumpriu sua promessa.

O possível benfeitor primeiro se ofendeu, mas, ao saber por que o estudioso havia se ausentado, ficou muito impressionado e passou a ser seu ardoroso patrocinador.

(História do professor Kentetsu Takamori, autor dos livros “Sementes do Coração” e “Porque Vivemos”)

Os caracteres chineses para “ganhar dinheiro” podem ser lidos também como “pessoa confiável”. Em outras palavras, o dinheiro vem para aqueles que merecem confiança. A base da confiança está em manter uma promessa independentemente do quanto possa nos custar. 

Promessas que não podem ser cumpridas não devem ser feitas. Quem quebra uma promessa não só cria inconvenientes aos outros, como prejudica a si mesmo.

Mas, se mesmo esforçando-se com todas as forças, falharmos? Isto é totalmente possível e humano. Neste caso, o mais importante é ter humildade e honestidade para pedir desculpas com toda a sinceridade pelos transtornos causados. Não é vergonha alguma ter tal atitude e isto servirá de base para que possamos refletir, ter a força e coragem para investigar a causa de não ter conseguido cumprir a promessa e, assim, não repetir o mesmo erro e crescer como ser humano.

Quem consegue olhar para um erro como uma oportunidade para o aperfeiçoamento e desenvolvimento humano é feliz. Vamos nos esforçar para praticar e ser feliz!

Leia também o artigo “Saber a causa do problema é meio caminho para a solução”.

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Professor de filosofia budista, cultura japonesa e pensamento nipónico, autor, diretor de conteúdo e presidente da ITIMAN. Diretor internacional da Ichimannendo Publishing Co. Ltd. - Tóquio, Japão.

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